sexta-feira, 29 de junho de 2012

NUNCA IMAGINEI ... !!! ;)))

Ontem desloquei-me em Berna a uma instituíção de muito prestígio local e internacional para tratar de um assunto muito sério e na qual foi-me tirada esta fotografia que divulguei no FB e nunca imaginei que hoje já passam dos 40 "like's" até com um apelo  de concorrer a Presidente. Vou pensar ! ;)

sexta-feira, 22 de junho de 2012

JANTAR DE DESPEDIDA DE UMA EXCELENTE AMIZADE PURA DA MINHA COLEGA EM ZURIQUE !!!

Hoje tive a honra de estar convidado para o jantar de despedida do mundo laboral da minha colega e grande amiga Dra. Ana Maria de Freitas, técnica especialista de serviço social e cultural, do Consulado-Geral de Portugal em Zurique. Finalmente após tantos anos de serviço de apoio ao próximo vai ter o seu merecido repouso. Que feliz estava rodeada dos seus amigos a quem também apela de família. Obrigado Ana e até breve. Tudo decorreu no excelente Restaurante Prisma: http://www.prisma-restaurant.ch
MÚSICA EXCELENTE: http://www.best-radio.org

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Um "Tío Pepe en Rama 2012" foi hoje introduzido em Berna , quem diria, "pela mão" de um Português !!!

Hoje tive a honra de estar com o enólogo Antonio Flores e a Vicky Eugenia González (5a. Geração) na apresentação do "Tio Pepe en Rama 2012" na Adega Ibérica do nosso bom amigo Rui Pacheco, de Viseu, aqui em Berna. http://www.restaurant-commerce.com
"Conmemorando el bicentenario del nacimiento del fundador de González Byass, Manuel María González, la firma jerezana lanzó el pasado abril al mercado Tío Pepe en Rama 2012. Se trata de una edición limitada que proviene de una selección de botas de las cuatro soleras de fino más antiguas de González Byass, conocidas en la bodega como ‘Las Botas de Gran Olor’.
Tío Pepe en Rama es un fino sin clarificar, ni filtrar, inspirado en los días que el vino se consumía directamente desde la bota. Elaborado con palomino fino, procedente de las mejores albarizas de Jerez. El sistema de soleras y criaderas por el que envejece contribuye a mantener su remarcado carácter y calidad constante a lo largo del tiempo. Su añejamiento se produce bajo un velo de levaduras, la flor, que interactúa con el vino durante más de cuatro años otorgándole singularidades organolépticas únicas."  http://gonzalezbyass.com
Foi sensacional - Muitos Parabéns !!! O jovem PT na foto é segredo nacional ;)

quinta-feira, 14 de junho de 2012

HOJE ASSISTI AOS JOGOS DA ITÁLIA E DA ESPANHA EM THUN !!!

É tão bom ter amigos e assim assisti hoje em casa de amigos suíços em Thun, com o meu grande amigo Sandro, italiano, aos jogos de futebol do europeu. Os "petiscos" e ... foram Um Sonho 'inesquecível' - MERCI - OBRIGADO !!!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Hoje foi o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Berna !!!

Sua Excelência o Embaixador de Portugal na Suíça, João Nugent Ramos Pinto, acompanhado de sua esposa, realizou hoje na sua Residência Oficial em Berna, onde nasceu D. Duarte Pio de Bragança, um "Dia de Portugal" de há muito não igual e no qual tive a honra de também estar como convidado. Assim sim, Portugal vai vencer. Parabéns !!!


terça-feira, 5 de junho de 2012

UM "HAPPY BIRTHDAY" À JESSICA E AO JÜRG DESTA VEZ FOI NO "JARDIM ZOOLÓGICO" EM BERNA !!!

Desde há anos que a minha mulher JESSICA e o nossso grande amigo PM.'. G.M.'. da GLSA JÜRG A. com a sua esposa festejamos os seus aniversários natalicios deste dia, uma vez à portuguesa e outra, como hoje no Restaurante Dählhölzi junto ao jardim Zoológico de Berna. Foi EXCELENTE !!!
Amizades sinceras que são dificéis de explicar - Muitos Parabéns !!!

domingo, 3 de junho de 2012

DEPOIS DUM COZIDO À PORTUGUESA NO CAMÕES EM BERNA AINDA CHEGÁMOS A TEMPO À "QUEEN" !!!

A convite do meu primo "Litos" estivemos hoje no Restaurante Camões em Berna para um almoço bem português e depois ainda chegámos a tempo de assistir à festa da rainha !  - O jantar vai ser... ;) http://www.portugal-info.ch/index.php?option=com_mtree&task=viewlink&link_id=926&Itemid=92

sábado, 2 de junho de 2012

A FESTA DE CAMÕES E O DISCURSO PRONUNCIADO A 10 DE JUNHO DE 1912 EM ZURIQUE, NUM BANQUETE DA COLÓNIA PORTUGUESA, POR GUERRA JUNQUEIRO, EMBAIXADOR DE PORTUGAL EM BERNA. HÁ 100 ANOS !!!

O nome sagrado de Camões junta-nos hoje aqui, em fraterno convívio,durante algumas horas. Camões é Portugal, e, a festa de Camões, o diasanto da nação. Celebremos o herói religiosamente, vivendo este dia na suaalma, comungando no pão do seu espírito. Adoremo-lo para nos sublimar,para que nos atraia e venha a nós. As línguas de fogo só descem quando sedesejam, e os santos só nos ouvem quando estamos próximos.
Camões é o génio lusitano, a idealidade da raça num herói. Pertence aogrupo dos imortais, dos que viveram no Mundo o breve instante, com olhosde eternidade e de infinito.
A vida resolve-se em dor e amor, e ele amou e sofreu como poucos homens. Amou a justiça, amou a virtude, amou a beleza. Amou a Pátria na humanidade, a humanidade no Universo, e o Universo em Deus. E desse imenso amor fez colheita de luto e colheita de dor. Semeou beijos e nasceram-lhe víboras. Pôs na fronte da Pátria um diadema de estrelas, e recebeu em galardão uma coroa de cardos. A inveja, o rancor, a estupidez, a mentira, a hipocrisia, a ferocidade - bando de lobos e de hienas, vão atrásdele continuamente. Não o deixam, rasgam-no, dilaceram-no. Toda a suaexistência de herói e de mártir é a escalada abrupta de um calvário. O sangue do coração evaporou-se-lhe em génio e verteu-se-lhe em lágrimas. Foi Apoio na cruz, aedo e Messias, bardo e Redentor. Cantou como umépico, lidou como um herói e acabou como um santo.
Nessa imperial, grandiosa e maravilhosa Lisboa do século XVI, ovante defortalezas, catedrais, estaleiros, praças, palácios, cúpulas, bazares; nessa Lisboa rútila e quimérica, de gentes estranhas e desvairadas, nadando e moiro, fulva de pompas, louca de vícios, ébria de orgulho e de prazer; nessa Lisboa babilónica, vasto empório do Mundo, rainha esplêndida dos mares, onde frotas de galeões bolsavam tesoiros fabulosos de países de sonho e demistério; nessa Lisboa, Capital da Luz; nessa Jerusalém das Descobertas, agonizou abandonado e atribulado, mendigo e mártir, sem pão e sem lar, o maior e o mais sublime dos seus filhos, o gigante da raça, o cantor dos Lusíadas. Viveu pela Pátria, cobriu-a de glória, e nela morreu obscuramente,de solidão, de fome e de tristeza.
E ao mesmo tempo que Luís de Camões, divinizando-se na dor, chegava àimortalidade espiritual, a alma da Pátria, degradando-se, envenenada de oiro e de vileza, caía escrava e semimorta. A alma enoitecera-lhe em letargo, mas brilhava e cantava imorredoira na voz ardente dos Lusíadas. É a voz messiânica do épico, é a voz de fogo de Camões quem de novo a desperta e desagrilhoa do cativeiro, e quem durante os séculos pesados de uma noite de horror, a guia na torva escuridão, a fortalece nos desalentos e desmaios, erguendo-a por vezes, indómita e nobre, magnânima e justa, como nos tempos belos da epopeia. A alma sonâmbula do Povo caminha denoite, lastimosa e chorando, atrás da alma do Vidente. Nas datas grandes,nos dias heróicos - 1640, 1807, 1820, 1834 - o culto de Camões inflama-se, Camões revive e está presente. O centenário, há trinta anos, acordou anação, encheu-a de fé, abrasou-a de amor, e a alma do povo e a do Poeta fundiram-se avidamente uma na outra, como dois beijos e dois relâmpagos. E na aleluia sagrada da vitória, no êxtase da imortal manhã de 5 de Outubro, sentia-se, rezando e palpitando, aberta em flor de luz, a almadivina de Camões.
Libertámo-nos. Banimos para sempre os fracos reis que fazem fraca a fortegente, os déspotas e os tiranos, cuja vontade Manda mais que a justiça e que a verdade.
Foram-se os abutres e emigraram os corvos. Partimos algemas, expulsamos verdugos, destruímos cárceres. Não basta. À volta de nós, mortas no chão, as ruínas escuras do passado embargam-nos o trânsito. É necessário erguer, ordenar, edificar. Dêmos corpo concreto e realidade ao que ontem foi sonho e aspiração. Criemos juntos, no trabalho comum, a Pátria Nova. Invocamos Camões para a libertar, modelemo-la então à sua imagem. Façamo-la heróica, augusta e grande como a epopeia. Façamo-la nobrecomo a ode, límpida e ligeira como a canção, ridente e viçosa como aégloga, pura e cristã como a elegia. Sejamos uma nação de alegres marinheiros e de robustos lavradores, vivendo piedosamente vida simples, irmanando as ideias, nivelando as fortunas, cuidando os criminosos como enfermos, amparando os inválidos como crianças, marchando no globo, emêxtase, para a harmonia eterna, para Deus. Criemos uma Pátria ideal,vestida de verdade, armada de direito, fulgente de sonho e de beleza. Queas searas germinem, que os beijos esplendam, e as almas se casem, à luz fecunda dos seus olhos. Uma Pátria materna e carinhosa, que ensine os ignorantes, ajude os que trabalham, ameigue os que sofrem, bendiga os heróis, e deixe entrar no coração, candidamente, a voz alada e luminosa dos passarinhos e dos poetas.
Mas essa Pátria, além de boa e jucunda, eu quero-a estável e armada deforça, além de armada de direito. Quero-a forte para que a respeitem, e siga livre, ovante com denodo, no caminho do bem e do trabalho. A espingarda defenderá a charrua e, a boca negra do canhão, o peito alvo da Justiça. Quando a arma que mata defende a liberdade, os santos choram mas não acusam. Porque então a arma de morte criou amor e gerou vida.
À volta de nós, sofregamente, as cobiças espreitam. Dêmos à Pátria omáximo de resistência, dando-lhe o máximo de unidade. Unamo-nos todos, e ficará incólume. Separam-nos ideias e doutrinas? Embora. Cruzemos as linhas divergentes neste ponto comum - o amor da Pátria. Façamos variedades harmónicas dos antagonismos destruidores. As ideias e crençasmais opostas, vivendo-as no fundo do coração com o mesmo espírito deamor, convertem-se em raios de uma estrela, que, discrepando na circunferência, se casam no centro e se amalgamam. Santifiquemos hoje odia de Camões, que é o dia heróico de Portugal, casando também no amorda Pátria, religiosamente, as nossas vontades, os nossos ideais, as nossas almas. Em nome de Camões, fraternizemos e trabalhemos.
Os pobres da minha terra, que, debaixo de neve ou luz ardente, abrem como arado e com a enxada os sulcos das vinhas e dos trigais, apenas o Sol de Deus chega ao zénite e vai em meio o dia de dor e de canseira, param no trabalho, erguem-se e descobrem-se, e numa atitude imóvel de oração, fazendo religiosamente o sinal da cruz, entoam com voz profunda estas palavras: "Louvado seja sempre nosso Senhor Jesus Cristo!"
Pois bem. Eu desejo que todos os Portugueses, no dia Santo da Pátria, imitando os jornaleiros da minha aldeia, se ergam também em pé, de fronte nua, e digam com igual devoção, do mesmo modo: Louvado seja sempre o nome eterno de Camões! Viva Portugal!
M. Guerra Junqueiro, l'illustre poète portugais, qui a représenté son pays à Berne comme ministre plénipotentiaire, veut bien nous envoyer les notes que voici. Nous les insérons non sans quelque confusion. On les lira avecune émotion profonde et une reconnaissance infinite. (Journal de Genève). http://pt.scribd.com/doc/73171308/Guerra-Junqueiro-Prosas-Dispersas