quarta-feira, 31 de agosto de 2011

SWISSINFO: CONSULADOS PORTUGUESES ESTÃO EM GREVE NA SUÍçA

Mais euros para comprar francos (Keystone) Por Claudinê Gonçalves, swissinfo.ch
http://www.cash.ch/boerse/kursinfo/fullquote/897789/148/1

Por causa das perdas salarias provocadas essencialmente pela valorização do franco suíço, as repartições consulares portuguesas entraram em greve segunda-feira (29).

Desde 2010, os funcionários portugueses perderam, em média, 30% do poder aquisitivo. A greve não é por aumento salarial, mas somente para compensar as perdas.

Consulados portugueses estão em greve na Suíça por causa das perdas salarias provocadas essencialmente pela valorização do francos suíço, as repartições consulares portuguesas estão em greve desde segunda-feira (30).

Desde 2010, os funcionários portugueses perderam, em média, 30% do poder aquisitivo. A greve não é por aumento salaria, mas somente para compensar as perdas.

“Se essa situação continuar, estamos a caminho da indigência na Suíça”, afirma à swissinfo.ch o delegado sindical Marco Martins. Os trabalhadores consulares estão em greve desde segunda-feira (29).

Com a valorização do franco suíço, a média salarial nos consulados portugueses passou de 4 mil francos para 2.600 ou 2.700. Não existe salário mínimo na Suíça, mas uma família não pode viver com essa soma. Na Suíça, existem 56 funcionários consulares portugueses.

Menos de 3 mil francos por mês. Em diversos países europeus, um salário desses seguramente é considerado mais que correto. Na Suíça, o custo de vida é muito mais alto e não basta para o mínimo vital. Basta pensar que em Berna, capital suíça, o salário médio, em 2008, era de 5.716 francos mensais.

Negociação fracassou

O Sindicato dos Funcionários Consulares e das Missões Diplomáticas (STCDE) tentou, sem sucesso, negociar com o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Uma reunião ocorreu dia 26 de agosto em Lisboa, mas não houve negociação. “O ministério alega que não tem recursos para compensar as perdas”, afirma Marco Martins. Pediram-nos compreensão e que não fizéssemos greve, mas não temos outra alternativa”, acrescenta.

"Foi transmitido ao sindicato que relativamente à questão da Suíça e de outros países em que houve perdas salariais resultantes de diferenças cambiais, o governo não tem neste momento condições para satisfazer as reivindicações em causa", afirmou à Lusa o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, depois da reunião de segunda-feira em Lisboa.

Greve vai continuar

Pela legislação portuguesa, os funcionários consulares recebem seus salários em euro, convertido posteriormente em moeda local, no caso em franco suíço. Mas essa própria legislação prevê correções em caso de perda acentuada do poder aquisitivo. Além disso, os salários já foram cortados de 10% em média, por conta do plano de austeridade do governo português. “Chegamos a um impasse e a greve vai continuar”, conclui Marco Martins. Os grevistas estão em contato com o Ministério Suíço das Relaçoes Exteriores e esperam ser recebidos ainda esta semana.

O Ministério suíço das Relações Exteriores (DFAE) pode pressionar baseando-se na declaração de garantia. Essa norma permite ao DFAE de verificar que os representantes estrangeiros tenham remuneração e condições de trabalho do país hóspede, como declarou à agência suíça ATS, o porta-voz do DFAE, Adrian Solberger.

Contatada por swissinfo.ch por e-mail, a Embaixada de Portugal em Berna não respondeu até a publicação deste artigo.

Italianos também discutem

O descontamento com os salários em euros não é só dos funcionários consulares portugueses. Na embaixada da Itália em Berna, cerca de quinze funcionários procuraram o sindicato Unia em busca de apoio, reinvindicando perdas salarias importantes, pois também recebem em euros.

A porta-voz do Unida, Anne Robin, confirma que "já houve uma reunião com representantes da embaixada para buscar uma solução para o problema".

Uma funcionária da embaixada italiana explica “que o pessoal local, que está na classe salarial mais baixa, ganha 3 mil euros líquidos por mês”. Cerca de 15 pessoas têm esse tipo de contrato. “Nossa única reivindicação é que o salário seja corresponde ao franco suíço”, acrescenta.

Mudar a lei

O problema é acompanhada de perto pelo deputado federal socialista Corrado Pardini, membro da direção sindicato Unia.

“A questão do pessoal contratado das embaixadas é parte da problemática mais ampla da pressão para pagar os funcionários em euro ou para adaptar os salários à cotação da moeda europeia”, explica o deputado.

A solução pode vir do Ministério italiano das Relações Exteriores, que até agora não reagiu.

As coisas estão se mexendo, porém a nível interno. Recentemente, Pardini apresentou uma moção parlamentar que pede ao governo de vetar o pagamento de salários suíços em moeda estrangeira. Uma solução poderia ser modificar o artigo 323 b do Código de Obrigações, que atualmente admite que, em caso de acordo entre empregados e empregadores, o pagamento dos salários pode ser em euro.

Claudinê Gonçalves, swissinfo.ch - Colaboração: Daniele Mariani


Plano contra alta do franco

O governo suíço adotou quarta-feira (31) um primeiro pacote do plano de dois bilhões de francos de apoio aos setores econômicos mais atingidos pela alta do franco suíço.

Berna investirá inicialmente 870 milhões, principalmente nos setores de pesquisa, turismo e seguro desemprego.

A parcela maior – 500 milhões – será destinada ao seguro desemprego. Outros 212,5 milhões irão para pesquisa e inovação. Outros 100 milhões são destinados ao turismo.

Um segundo pacote para 2012 será apresentado brevemente.

Franco X Euro X Dólar

Somente de janeiro a agosto deste ano, o franco suíço – valor refúgio em época de crise - se valorizou de 26% frente ao dólar e chegou a quase 50% frente ao euro no início de agosto, se situando atualmente em torno de 32%.

Mais de 200 mil portugueses residem e trabalham na Suíça.
O franco forte
Cotação do franco suíço frente às principais divisas
Links: Sindicato dos Funcionários Consulares e das Missões Diplomáticas (STCDE)

terça-feira, 30 de agosto de 2011

GREVE JORNAL BLICK DE HOJE PÁG. 2 E 3 E OUTROS !!!

Streik in der Botschaft Calmy-Rey schaltet sich ein
Bern – Das Verwaltungspersonal der portugiesischen Vertretungen in der Schweiz macht seine Drohung (BLICK berichtete) wahr: Gestern Morgen traten gegen 60 nichtdiplomatische Angestellte der Botschaften und Konsulate in Bern, Zürich, Genf, Sitten und Lugano in einen unbefristeten Streik. Die 250 000 hiesigen Portugiesen erhalten somit keine Pässe, Identitätskarten und andere Dienstleistungen mehr. Auslöser des Konflikts ist die Eurokrise: Weil sie in Euro bezahlt werden, sind die Gehälter des Personals eingebrochen. Statt 4000 Franken verdienen einige Familienväter jetzt gerade noch 2700 Franken. Die Regierung in Lissabon weigerte sich bisher, die Währungsverluste auszugleichen. Kosten würde das aufs Jahr 2011 bezogen total 250 000 Euro. António Dias da Costa, einer der Streikenden, sagt: «Wir verlangen keine Lohnerhöhung, sondern nur eine Kompensation der Währungsverluste.» Hoffnung kommt jetzt von der Schweiz. Bundespräsidentin Micheline Calmy-Rey sicherte laut portugiesischen Vertretern gestern zu, noch diese Woche eine Delegation der Streikenden zu empfangen. Diese zeigten sich erleichtert über diese Nachricht. Von Calmy-Rey erhoffen sie sich ideelle Unterstützung und ein Signal an Lissabon. Gestern solidarisierten sich auch die lokal angestellten Botschaftsmitarbeiter Italiens in der Schweiz offiziell mit ihren portugiesischen Kollegen. Die Italiener haben das gleiche Problem. In einigen Fällen fielen Löhne unter das Existenzminimum. Auch Rom zeigte bisher kein Erbarmen; nun überlegen sich auch die Italiener Kampfmassnahmen. Henry Habegger
Foto: Streikende portugiesische Botschaftsangestellte gestern in Bern. Noch diese Woche kann eine Delegation zu Bundespräsidentin Micheline Calmy-Rey (l.).
Título: Greve na Embaixada - Calmy-Rey intervém
Berna - O pessoal administrativo das representações portuguesas na Suíça realizou as suas ameaças (o Blick já publicou uma notícia sobre este assunto): Ontem de manhã, cerca de 60 trabalhadores não-diplomáticos das Embaixadas e dos Consulados em Berna, Zurique, Genebra, Sion e Lugano começaram uma greve por tempo indeterminado. Assim, os 250'000 portugueses na Suíça estão impossibilitados de poderem renovar, os passaportes, cartões do cidadão e outros documentos ou serviços. O motivo do conflito é a crise do Euro: Devido aos salários dos funcionários serem pagos em Euros, os vencimentos sofreram de uma queda. Em vez de 4'000 francos suíços, alguns pais de família agora só recebem 2'700 francos suíços. Até agora, o Governo em Lisboa recusou-se compensar as perdas de câmbio. António Dias da Costa, um dos grevistas, diz: ''Não exigimos nenhum aumento de salário, mas sim uma compensação das perdas de salário devido à desvalorização do franco suiço/cambios''. Agora, existe alguma esperança que vem da Suíça. A Presidente Federal Micheline Clamy-Rey garantiu aos representantes portugueses de receber uma delegação dos grevistas ainda esta semana. Esses mostraram-se contentes pela notícia e postura da Ministra. Esperam de Calmy-Rey apoio moral e um sinal em direcção de Lisboa. Ontem, houve declarações de solidariedade oficiais dos contratados locais italianos na Suíça. Os italianos tem o mesmo problema. Em alguns casos, os salários cairam abaixo do mínimo de existência. Também Roma não mostrou até agora nenhuma alteração; agora, também os italianos pensam em medidas de luta.
Legenda da Fotografia: Grevistas portugueses ontem em Berna. Ainda esta semana uma delegação será recebida pela Presidente Federal Calmy-Rey (foto à esquerda)
MAIS ARTIGOS EM JORNAIS LOCAIS
TRIBUNE DE GENÈVE
24HEURS
http://www.24heures.ch/greve-employes-missions-portugaises-2011-07-21
TAGES ANZEIGER
http://www.tagesanzeiger.ch/schweiz/standard/Portugals-Diplomaten-streiken--und-bitten-CalmyRey-um-Hilfe/story/22352429
HANDELSBLATT
http://www.tagesanzeiger.ch/schweiz/standard/Portugals-Diplomaten-streiken--und-bitten-CalmyRey-um-Hilfe/story/22352429
BERNER ZEITUNG
http://www.bernerzeitung.ch/schweiz/standard/Portugals-Diplomaten-streiken--und-bitten-CalmyRey-um-Hilfe/story/22352429
DER BUND
http://www.derbund.ch/schweiz/standard/Portugals-Diplomaten-streiken--und-bitten-CalmyRey-um-Hilfe/story/22352429
NZZ
http://www.nzz.ch/nachrichten/politik/schweiz/portugals_botschaftspersonal_in_der_schweiz_streikt_1.12244106.html
RADIO 24
http://www.radio24.ch/info24/schweiz/Portugals-Diplomaten-streiken--und-bitten-CalmyRey-um-Hilfe/story/22352429

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Suíça: A GREVE ILIMITADA INICIOU HOJE EM TODOS OS POSTOS !!!


 
OS MOTIVOS DA GREVE ILIMITIDA DOS FUNCIONÁRIOS DOS SERVIÇOS EXTERNOS DO MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

Estimados concidadãos,

Lamentamos profundamente que a situação em que nos encontramos tenha ultrapassado todos os limites do que é aceitável, obrigando-nos ao uso do último recurso que nos resta – a GREVE.

De facto, após várias insistências junto dos responsáveis políticos de Portugal, dando conta da necessidade imediata de actualizarem os salários dos funcionários consulares que trabalham na Suíça, já completamente delapidados pela forte valorização do franco suíço em relação ao Euro, o Governo de Portugal, nada mais fez do que agravar a situação, aplicando-lhes cegamente a norma do Orçamento de Estado de 2011 que previa uma redução salarial até 10% sobre salários superiores a 1500 Euros, sem qualquer preocupação com o resultado que isso iria produzir nos países com níveis de vida muito superiores a Portugal.

O resultado da insensibilidade e incompetência dos políticos traduziu-se numa redução real dos salários, que são calculados em Euros, de mais de 30%, após conversão dos mesmos para francos suíços.

Como resposta às últimas chamadas de atenção para o problema crescente em que nos encontramos, decidiu o Governo de Portugal, unilateralmente, considerar como pouco relevante o facto dos funcionários auferirem rendimentos na ordem dos 2’600 francos Suíços, desculpando-se com um estudo que revelou que o rendimento mínimo neste país andaria pelos 2’300 francos suíços.

Na óptica do Governo, estes funcionários, deixaram de receber salários milionários de 4’000 francos suíços e passaram a receber uns salários confortáveis que rondam os 2’600 francos suíços.

Embora tenhamos explicado que com 2’600 francos suíços, ninguém sobrevive neste que é um dos países mais caros do mundo, de nada valeu. A única reacção que o Senhor Ministro tomou para tentar travar esta Greve, foi delegar competência no Senhor Secretário de Estado das Comunidades para negociar com o Sindicato que nos representa, negociação essa, que estava condenada à partida, pois o Senhor Secretário de Estado nada tinha para negociar, apenas queria transmitir que o Ministério dos Negócios Estrangeiros não tem verbas orçamentais para compensar as perdas que os trabalhadores vêm sofrendo.

Perante um Governo que tinha no seu programa de campanha, entre outras, tomar medidas que permitissem responder às situações socialmente mais delicadas, combatendo casos de exploração de trabalhadores portugueses e que, sem qualquer escrúpulo, é responsável pela criação dessas mesmas situações de exploração, condenáveis pela Suíça e por qualquer país civilizado no Mundo, pagando salários miseráveis aos seus funcionários, não nos resta outra alternativa senão fazermo-nos ouvir nesta acção de protesto em desespero.

Pedimos desculpa pelos inconvenientes que certamente irão ser criados nas vidas de quem tem que recorrer aos Serviços Consulares na Suíça, em virtude desta paralisação e apelamos à solidariedade de todos para com esta causa, cuja justeza é certamente reconhecida por qualquer pessoa minimamente sensata.

Com elevada estima e consideração - Os Funcionários em Greve
RADIO LORA ZURIQUE

domingo, 28 de agosto de 2011

Suíça: A VERDADE FACE A UMA GREVE QUE PODE SER EVITADA !!!

A VERDADE PELOS TRABALHADORES CONSULARES NUMA CARTA ABERTA
Exmo. Senhor Ministro de Estado e Negócios Estrangeiros
Reportando-nos à resposta que o Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros deu, à pergunta 114/XII/1ª, de 15 de Julho de 2011, submetida pelo Grupo Parlamentar do PCP, cumpre-nos informar V. Exa. do que segue, em relação à real situação dos funcionários do Mapa Único de Vinculação (MUV) em funções na Suíça, ali abordada:
O Senhor Ministro afirma que a actualização salarial de 2009 dos funcionários do MUV na Suíça (3,19%) foi superior ao aumento geral da Função Pública em Portugal, o que o Senhor Ministro se esqueceu de referir é que, na data em que foi negociada a actualização, já a desvalorização do Euro face ao Franco Suíço ultrapassava os 5%, em relação à média de 2008. Significa isto que, se alguém teve aumento em 2009, não foram os funcionários do MUV na Suíça, ao contrário do afirmado;

Se Senhor Ministro sabe, conforme afirma, que a actualização salarial dos Funcionários Públicos em funções nos países fora da zona Euro se processa tendo em conta a evolução cambial do Euro, porque se recusa a aplicar a Lei que invoca ter sido aplicada em 2009? E já agora, sabe o Senhor Ministro que, o mesmo Decreto Lei 444/99 de 3 de Novembro, define no seu artigo 61º que os princípios do sistema retributivo destes funcionários assentam na base da equidade interna e equidade externa, sendo que a equidade interna “visa salvaguardar a relação de proporcionalidade entre as responsabilidades de cada cargo e as correspondentes remunerações e, bem assim, garantir a harmonia remuneratória entre cargos no âmbito dos serviços externos”, ao passo que a externa “visa alcançar o equilíbrio relativo em termos de retribuição de cada função no contexto do mercado de trabalho em que cada serviço externo se insere”? Parece desconhecer, pois ambas as normas estão a ser violadas, a equidade interna está a ser violada, porque foram contratados funcionários que passaram a pertencer a um Mapa Único de Contratação (MUC) que, não obstante estarem a ser formados para o exercício das funções administrativas e técnicas por funcionários do MUV, ainda sem qualquer experiência profissional e em funções há apenas escassos meses, foi-lhes fixado um salário inicial superior em mais de 30% ao dos seus formadores; por seu lado, o princípio da equidade externa foi comprometido pois o Senhor Ministro parece estar mais preocupado em descobrir quais são os limites mínimos de pobreza, do que em descobrir quais são os salários médios dos funcionários públicos na Suíça.
Para complementar o estudo exaustivo que o Grupo de Trabalho parece ter feito sobre limites mínimos de pobreza na Suíça, resta-nos acrescentar que, quem recebe aqueles rendimentos que o Senhor Ministro indicou (e bem) como mínimos de sobrevivência, tem direito a subsídios para todas as restantes despesas de primeira necessidade, tais como renda de casa, seguros obrigatórios, educação e alimentação, e estão isentos de pagamento de impostos.

Já no que toca a prestação de 40 horas de trabalho semanais, garanto ao Senhor Ministro que, mediante pagamento de salários compatíveis com as médias salariais praticadas neste país, que vão dos 5’351 aos 8’356 francos suíços, estes funcionários do MUV também não se importariam de trabalhar 40 horas por semana, em horários que salvaguardassem as necessárias paragens para refeições e descanso, com direito a remuneração condigna quando ficam doentes e com direito a assistência a filhos menores sem perda de remuneração. Para além disso, relembramos o Senhor Ministro que um regime de exclusividade tem os seus custos, que estes funcionários foram nomeados para exercer funções a tempo total e não a tempo parcial, com disponibilidade praticamente permanente.

Mais informamos que o Senhor Ministro não tem nem o direito nem a legitimidade para, unilateralmente, decidir que os vencimentos dos Funcionários do MUV na Suíça não podem ser actualizados em virtude de serem montantes bastante superiores aos considerados pelas entidades suíças como salários de “pauvreté”, já que Portugal se comprometeu, não só em legislação interna atrás referida, mas também através de garantia escrita dada ao Ministério de Negócios Estrangeiros Suíço, a pagar salários para cada função de acordo com o contexto do mercado de trabalho em que cada serviço externo se insere, não salários de miséria como V. Exa. parece pretender implementar. Não se esqueça Senhor Ministro que quando se firma um contrato é-se responsável pelo seu cumprimento!

Para concluir, Senhor Ministro, a forma de pensar e de agir plasmada na sua resposta viola a Constituição da República Portuguesa, nomeadamente o preceituado no artigo 59º que refere: “1. Todos os trabalhadores, sem distinção de idade, sexo, raça, cidadania, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, têm direito:

a) À retribuição do trabalho, segundo a quantidade, natureza e qualidade, observando-se o princípio de que para trabalho igual salário igual, de forma a garantir uma existência condigna;”

Afirma o Senhor Ministro que, o Ministério dos Negócios Estrangeiros não se pode furtar à aplicação da Lei do Orçamento, por outro lado concebe que a aplicação da mesma Lei pode implicar receber menos que o salário mínimo. Afinal do que está à espera o Tribunal Constitucional para declarar inconstitucionais estas normas da Lei do Orçamento de Estado de 2011, quando, descaradamente, o Senhor Ministro de Estado e Negócios Estrangeiros aqui assume essas normas como motivo da violação da Constituição!?

Com os melhores cumprimentos

Os Funcionários da Embaixada de Portugal em Berna, Consulados Gerais de Portugal em Genebra e Zurique, Escritórios Consulares em Sion e Lugano e Missão Permanente junto das Nações Unidas em Genebra (NUOI), na Suíça.

sábado, 27 de agosto de 2011

Hoje foi um jantar no Restaurante THALGUT ! - O VÍDEO !!!

Hoje a convite de quem adora e ama Portugal como futuro a investir jantei no Restaurante THALGUT bem próximo de Berna. Só posso aconselhar ! http://www.thalgut.ch
Uma boa dose de realidade!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

MOUTIER: COMUNIDADE PORTUGUESA É O CONVIDADO DE HONRA NA "21° BRADERIE PRÉVÔTOISE"

Hoje tive a honra de em representação de Sexa. o Embaixador de Portugal na Suíça, José Lameiras, estar presente e discursar na cerimónia de abertura da "21° Braderie Prévôtoise" na Câmara Municipal de Moutier onde a nossa Comunidade Portuguesa local é o Convidado de Honra. Foi fabulosa a recepção e a adesão enorme nesta localidade do "Jura de Berna" à qual se deslocou também, entre outros, um Rancho Folclórico vindo de Viseu. Estão todos de Parabéns ! http://www.moutier.ch

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

COM AMIGOS NO BSC YOUNG BOYS - SC BRAGA 2:2 !!!

Com um excelente grupo de amigos suíços lá estive hoje no "STADE SUISSE" em Berna que comigo festejaram, tristes, a vitória do Braga. http://www.stadedesuisse.ch
Como é bom ter amigos que também nas suas derrotas nos dão um abraço de Parabéns !!!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Suíça: SABER PLANTAR UM JARDIM - STCDE - A carta do Sindicato a Paulo Portas ! - SEM RESPOSTA !!!

Já depois de, no passado dia 12, termos solicitado uma reunião urgente para, pelo menos, resolver a grave situação em que se encontram os trabalhadores dos serviços externos na Suíça, tomámos conhecimento da resposta dada à pergunta nº 114/XII/1ª, de 15 de Julho de 2011, submetida pelo GP do PCP, sobre este mesmo assunto, disponível no portal da Assembleia da República.
O seu conteúdo, associado ao facto de o nosso pedido de reunião ter ficado sem resposta, não podia deixar de aumentar a nossa preocupação e de nos levar a corresponder ao pedido daqueles trabalhadores no sentido da marcação da pré-anunciada greve ilimitada, já que ali se não vislumbra qualquer disponibilidade, muito menos o propósito, de resolver um problema que não pode deixar de ter uma solução factual satisfatória, qualquer que seja a sua natureza. É como se se dissesse que estes nossos colegas estão fatalmente condenados à indigência.

Como não nos conformamos com a falta de solução, importa desde já analisar com mais detalhe o referido texto, demonstrando que é necessária uma solução.
1. Desconhecemos a existência de um Grupo de Trabalho criado por S.Exa. SECP em 2010 para estudar valores remuneratórios, assim como, naturalmente, o suposto estudo iniciado, afigurando-se-nos ainda que a informação, no presente contexto, se revela inócua.

2. Precisando o que está escrito relativamente a actualizações, importa referir que não houve, materialmente, actualização do valor dos índices 100 em 2001 (apenas a transposição para os referidos índices da actualização de 2000), como também não a houve em 2003 e 2004, quando o então governo entendeu não actualizar os trabalhadores que auferissem mais de aproximadamente 1000 euros, vencimento correspondente ao último escalão da categoria de assistente administrativo especialista na carreira geral em Portugal, mas que, no caso dos serviços externos – e da Suíça, nomeadamente -, se revela obviamente desajustado.

Diga-se ainda que a actualização em 2009 foi unilateral, não tendo merecido o acordo do STCDE, que recusou a proposta apresentada (e mantida) pelo MNE, representando uma actualização global de apenas 2,9% (o valor aplicado à administração pública em Portugal), quando só o valor médio ponderado das perdas de poder de compra no conjunto dos serviços externos (inflações e variações cambiais) era de 5%, especificidade que o governo nunca leva em consideração para apuramento das devidas actualizações nos diversos serviços externos.

Assim, a percentagem de 3,19% referida no caso da Suíça, tem como contrapartida uma perda de poder de compra de 5,67% no país, sendo oportuno acrescentar-se que, em 2008, porque os dados económicos eram outros, a actualização então acordada foi de apenas 0,27% (bem inferior ao aumento para a administração pública).

Importa ainda ter presente que os valores base mensais referidos na resposta em apreço não levam em conta a redução salarial aplicada desde Janeiro p.p..

Aliás, é sabido que a grave situação com que nos confrontamos tem sido objecto de meritórios relatos dos chefes de posto ali em serviço e veio recebendo em tempos recentes manifestações de compreensão de todas as formações partidárias, para além de ser do domínio público que a procura do franco suíço – e consequente revalorização - como divisa de refúgio atingiu, na presente crise, níveis alarmantes para a própria economia suíça.

3. Mas se quisermos fazer uma apreciação mais dilatada no tempo, bastará referir que a vinculação destes trabalhadores em 2001 foi feita ao câmbio de 1,5583, pelo que a situação actual representa uma perda cambial de 30%, a que acrescem as inflações que se vieram registando, além da redução salarial já referida, tudo isto não sendo minimamente compensado pelo valor acumulado das actualizações salariais de que beneficiaram nestes 10 anos, pouco mais de 8%, conforme resulta da comparação dos valores do índice 100: 1765,74 em 2001, 1910 desde 2009. Tudo somado, pode pois apontar-se para uma perda de poder de compra na ordem dos 40%.

Não podemos deixar de referir que consideramos inadmissível a avaliação do nível salarial na Suíça por referência ao nível de rendimentos (e não salários) de pobreza naquele país. Contudo, ao invés do que é afirmado, há já muitos colegas na Suíça que, casados/divorciados e com dois ou mais filhos, ganham menos de 3500 CHF – ou mesmo de 3000, salário que, além de cama, mesa e roupa lavada, é ali abonada aos trabalhadores sazonais portugueses na lavoura -, substancialmente inferiores aos referidos 4800 CHF.

Mas já que se referem aqueles limiares de pobreza, convém ter presente que, quem aufere tais rendimentos, está isento do pagamento de IRS, recebe subsídios de renda de casa e para seguro de saúde, tem direito a abono de família (200 a 250 CHF por cada filho, até aos 25 anos), beneficia de escolaridade gratuita até ao 9º ano, incluindo material escolar e livros, de isenção do pagamento de propinas e de subsídio de estudos (cerca de 5000 a 6000 CHF anuais por filho estudante ou em formação), podendo ainda solicitar apoio pontual quando surge alguma necessidade inesperada. Mas os trabalhadores dos serviços externos não podem recorrer a estes benefícios e direitos, ao dispor de quantos residem e trabalham na Suíça, nomeadamente porque cumprem as suas obrigações fiscais em sede de IRS no nosso País e não naquele.

Isto demonstra que a Suíça é um país de elevado custo de vida e, simultaneamente, de alto nível de vida, realidade que se revela incontornável.

4. Desconhecemos qualquer efeito prático dos referidos pedidos de informação aos postos e de orientação às finanças, relativamente a eventuais salários inferiores aos salários mínimos locais.

Mas talvez seja oportuno referir que há nos serviços externos muitas dezenas de trabalhadores, por esse mundo fora, cujos salários são inferiores ao salário mínimo nacional de 485 euros.

5. Quanto ao invocado enquadramento legal relativo a valorizações ou acréscimos remuneratórios, importa referir que não é isso que se pretende, outrossim reclama-se colmatar desvalorizações remuneratórias, sendo certo que dos impedimentos estabelecidos na lei do orçamento, não parece resultar haver obstáculos à compensação de variações cambiais.

O aviso prévio de greve ilimitada que os funcionários expressamente solicitaram, não pode deixar de ser visto como um "grito de desespero", que entendemos dever merecer a melhor atenção do governo - e de V.Exa. em particular. Conhecemos e estamos atentos à grave situação em que o País se encontra. Sabemos que tal obriga a opções difíceis. Contudo, também a situação em que se encontram os nossos colegas na Suíça é igualmente grave, a merecer o tratamento especial que o governo vem anunciando ser devido àqueles que mais atingidos são pela crise.

Haja abertura para reconhecer que assim é, e sempre se encontrará uma solução legal satisfatória.

Pel' A Comissão Executiva - O Secretário-Geral - (Jorge Monteiro Veludo) - http://www.stcde.pt

terça-feira, 23 de agosto de 2011

PSD questiona Governo sobre salários no estrangeiro face a desvalorização do euro !!!

O PSD questionou o Governo sobre se prevê encontrar uma solução para os vencimentos dos professores no estrangeiro e dos funcionários diplomáticos e consulares em caso de forte desvalorização do euro.
Numa pergunta enviada na sexta-feira à Assembleia da República e hoje divulgada, o deputado social-democrata Carlos Alberto Gonçalves indaga o Executivo sobre se pensa “encontrar uma solução que permita evitar as consequências em matéria salarial para estes agentes da administração pública portuguesa em caso de forte depreciação do euro”.

Dirigido-se ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, o parlamentar questiona ainda como é que o Governo acompanha e avalia a situação dos funcionários diplomáticos e consulares e professores colocados, nomeadamente, na Suíça, no Brasil e na África do Sul, onde “perderam de forma muito substancial o seu rendimento mensal, nalguns casos cerca de um terço do seu vencimento”.

Na sua explanação, Carlos Alberto Gonçalves assinala que “a valorização ou depreciação do euro tem implicações imediatas nos salários” dos funcionários que exercem funções no estrangeiro, sendo que “não existe um mecanismo que permita evitar que a degradação cambial tenha consequências em alguns países”.

Na Suíça, 56 funcionários consulares vão fazer greve, por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira, em protesto contra a sua situação salarial, que se tem vindo a agravar devido, designadamente, à evolução cambial desfavorável, anunciou hoje o sindicato do sector.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Suíça: Trabalhadores consulares ameaçam com greve ilimitada já a partir de dia 29 !!!

Lisboa, (Lusa) - Os trabalhadores dos serviços diplomáticos e consulares na Suíça ameaçam avançar para a greve em setembro, caso o Governo não retome as negociações para resolver as perdas salariais provocadas pela desvalorização do euro face ao franco suíço.
Os salários são pagos em euros, mas os funcionários dizem que com o câmbio para francos suíços os salários vêm-se degradando progressivamente.
Em nota enviada à Agência Lusa, os trabalhadores da Embaixada de Portugal em Berna, dos postos consulares em Genebra, Zurique, Sion e Lugano e da representação diplomática junto das Nações Unidas e Organizações Internacionais (NUOI) em Genebra, consideram que a desvalorização do euro face ao franco suíço está a colocar os seus salários ao "nível de indigentes".
Por isso, em carta aberta enviada hoje ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e ao secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, os trabalhadores pedem "a intervenção urgente" para resolver a "situação difícil" em que dizem encontrar-se.
Os trabalhadores recordam que as negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas (STCDE) e o Departamento Geral de Administração (DGA) do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) sobre este assunto foram interrompidas com a queda do anterior Governo e reclamam que sejam urgentemente retomadas.
"Solicitamos a este governo que dê instruções urgentes ao DGA, a fim de este reiniciar as negociações e pôr termo a esta situação, a qual já não é suportável", referem na carta.
Caso contrário, advertem os funcionários, está a ser equacionado o recurso à greve em setembro.
"Já houve reuniões em que foi votada por todos a vontade de marcar greve em setembro por tempo indeterminado se esta situação tardar em resolver-se", diz a nota. CFF. http://www.stcde.pt

O Lenhador e a Raposa !!!

sábado, 20 de agosto de 2011

VISITA MILITAR E DE GOURMET NO EMMENTAL !!!

A convite de BONS AMIGOS, HOMENS LIVRES, JUSTOS E DE BONS COSTUMES, visitei ontem o impressionante MUSEU DE VEÍCULOS MILITARES EM BURGDORF, a 20 minutos de Berna, que dura 3 horas com um Guia espetacular. Aconselho a irem até lá: http://www.armeemuseum.ch/index.php?id=94&L=2
Veículo que foi utilizado por dois ministros suíços
E como habitual tivemos de ter um aperitivo de excelente vinho branco, logo a seguir, com jantar, no famoso e histórico Restaurante Löwen (Leão) em Heimiswil (13 Pontos "Gault et Milliau"), que infelizmente deixou de ter vinhos portugueses.
No jantar foi servido um dos mais famosos pratos desta região dos tempos em que éra muito pobre, temperado com vinho, o "Dürye beitze Suure Blitzloch-Mocke". http://www.loewen-heimiswil.ch

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

"VERNISSAGE" NA "ARTPOSITION 11" EM SALAVAUX

A convite de várias amizades pessoais estive hoje na inauguração da "ArtPosition 11" em Salavaux que decorre até domingo. Como cheguei cedo fui primeiro, com amigos, provar um vinho branco da região no "Restaurant Des Trois Suisses" http://www.les-trois-suisses.ch e a seguir naturalmente visitar a exposição internacional http://www.artposition.ch/aktuell/aktuell_f.php onde a minha amiga Katia W., residente em Berna, com o nome artístico "Saudade Soror" é a primeira mulher portuguesa a participar com três pinturas.
Na boa maneira dos meus amigos a noite tinha que terminar com um jantar de peixe no famoso "Hôtel-Restaurant-Cave Bel-Air - Praz (Vully)" http://www.bel-air-lac.ch/fr/Home/bienvenue-.html , com vista para a linda localidade de Murten/Morat através do lago. Se estiver na Suíça vá visitar este fabuloso evento.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Faleceu o Júlio Trindade (1946-2011) - Fundador do Pirata Bar !

Morreu Júlio Trindade, na noite de Sábado, aos 65 anos, um cidadão do mundo, nascido em Lisboa, que um dia aterrou em Fortaleza, no Brasil, e criou o "Pirata Bar", um bar conhecido internacionalmente, por só funcionar na noite de segunda-feira. Mas no "Pirata Bar", situado junto à Ponte dos Ingleses, no animado bairro de Iracema, junto ao mar, a noite de segunda-feira era considerada a mais animada do planeta. Júlio Trindade tinha olho para o negócio e soube criar uma marca – o Pirata. O próprio bar tinha uma banda de forró e comercializava artigos de “merchandising” em torno da marca “Pirata Bar”. Há uns 10 anos, foi ele mesmo que me vendeu uma "t-shirt" negra da banda de forró que tinha o nome do bar.
Para além do “Pirata”, Trindade chegou a ter outros projectos turísticos no Estado do Ceará – terra que adorava – dos quais chegou a falar no caderno de Economia do semanário "Expresso". Com a sua morte, motivada por um cancro no cérebro, desaparece um empreendedor lusófono que só o Brasil conheceu verdadeiramente.

Aqui, podem ler um texto escrito pelo próprio Júlio Trindade. É um texto sobre a aventura que foi a sua vida na Terra da Luz, como é conhecido o Estado brasileiro do Ceará, até ao contacto com a doença fatal. Em homenagem ao patrão, o site do "Pirata Bar" diz que, com a morte de Trindade, agora "tem forró no céu". Ele criou a segunda-feira mais louca do mundo. É também nesta segunda-feira que o seu corpo é cremado. A segunda-feira era mesmo o dia de eleição de Júlio Trindade! http://luispaulorodrigues.blogspot.com/2011/08/julio-trindade-1946-2011.html

O jornal norte-americano The New York Times intitulou sua festa como “a segunda-feira mais louca do mundo” - R.I.P.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

FESTA NACIONAL EM BERNA

O Dia Nacional Suíço foi hoje festejado também na capital com muita música e animação e foi concluído com um fogo de artificio que durou 30 minutos. (AS FOTOS SÃO MINHAS, ENFIM - AMADOR)