O PSD questionou o Governo sobre se prevê encontrar uma solução para os vencimentos dos professores no estrangeiro e dos funcionários diplomáticos e consulares em caso de forte desvalorização do euro.
Numa pergunta enviada na sexta-feira à Assembleia da República e hoje divulgada, o deputado social-democrata Carlos Alberto Gonçalves indaga o Executivo sobre se pensa “encontrar uma solução que permita evitar as consequências em matéria salarial para estes agentes da administração pública portuguesa em caso de forte depreciação do euro”.
Dirigido-se ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, o parlamentar questiona ainda como é que o Governo acompanha e avalia a situação dos funcionários diplomáticos e consulares e professores colocados, nomeadamente, na Suíça, no Brasil e na África do Sul, onde “perderam de forma muito substancial o seu rendimento mensal, nalguns casos cerca de um terço do seu vencimento”.
Na sua explanação, Carlos Alberto Gonçalves assinala que “a valorização ou depreciação do euro tem implicações imediatas nos salários” dos funcionários que exercem funções no estrangeiro, sendo que “não existe um mecanismo que permita evitar que a degradação cambial tenha consequências em alguns países”.
Na Suíça, 56 funcionários consulares vão fazer greve, por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira, em protesto contra a sua situação salarial, que se tem vindo a agravar devido, designadamente, à evolução cambial desfavorável, anunciou hoje o sindicato do sector.
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