quarta-feira, 18 de maio de 2011

As eleições de 5 de Junho, os “chicos espertos” e nós, afinal os cidadãos eleitores ?

1º Há uns meses atrás, uns “chicos espertos” começaram com a teoria de que os políticos são todos iguais, são todos maus, não vale a pena, tanto faz um como outro… ou seja, foi ensaiado então um autêntico “branqueamento” de quem nos tem governado desde 2005.
Depois, surgiram uns pândegos (entre outros, Vasco Lourenço e o bastonário dos advogados Marinho Pinto) a “sugerir” o voto em branco ou o voto nulo, ao passo que outros são pela abstenção. Ora, todas estas formas são um insulto a todos quantos durante 48 anos de ditadura lutaram por eleições livres e justas! Tudo isso é um ataque ao regime democrático, pois não passam de “cheques em branco”, que objectivamente só “absolvem” quem nos tem desgovernado.
2º Vejamos apenas o que se passou com as chamadas PPP’s (Parcerias Público Privadas): as 2 primeiras foram de Cavaco, a seguir Guterres estabeleceu 31, depois Durão e Santana fizeram 5, até que os governos de Sócrates chegaram às 58, endividando-nos até 2088!
Vamos ter que escolher. De um lado, Sócrates, que nos empobreceu e nos levou para a bancarrota e que, quanto ao futuro, se apresenta com um programa que é “mais do mesmo”. Quando é preciso falar verdade ele tem dificuldades em o fazer de forma transparente e séria. Vejamos o debate Sócrates-Louçã sobre a Taxa Social Única (TSU). Consta do memorando assinado por Sócrates, com a Troika, que esta taxa, paga pelas empresas à Segurança Social por cada trabalhador ao seu serviço, vai baixar drasticamente já em 2012. Pois Sócrates evidenciou dificuldades em definir com frontalidade o que é “baixar muito”, ou “baixar alguma coisa”. Pareceu que o subir ou baixar é conforme lhe dá jeito…
Do outro lado, temos Passos Coelho, com uma personalidade de lutador, mas aceitando as suas gaffes com humildade, bem diferente do “animal feroz” que é Sócrates. O PSD tem um Programa sério e ambicioso, que quer pôr o homem no centro das políticas, tentando conciliar o crescimento com a defesa dos salários e a manutenção da almofada social para os mais desfavorecidos, impondo agora austeridade aos gastos excessivos do aparelho do Estado.
3º O programa do PSD vai no sentido certo e revela um trabalho considerável para encontrar soluções para os problemas nacionais e é uma novidade na vida política nacional, ao ser um verdadeiro programa eleitoral. Sofre de algum irrealismo, mas não é nada que não se possa corrigir no exercício da governação. Mais, o único partido que se propõe seriamente cumprir aquilo que assinou com a ‘Troika’, é o PSD e Passos Coelho tem-o o dito, argumentando que essa é a melhor forma do país ganhar credibilidade e poder até, se cumprir o memorando, poder renegociar a taxa de juro do empréstimo de 78 mil milhões de euros.
O último programa a ser apresentado foi o do CDS, que me desiludiu, pois pouco mais é do que um panfleto com um conjunto de slogans, bem ao estilo das frases “bombásticas” a que Paulo Portas nos habituou. Dos programas do BE ou CDU nem vale a pena falar, dado que se recusaram a negociar o memorando com a ‘Troika’.
Não é fácil ganhar eleições a falar verdade, como o demonstram as sondagens! Mas só com essa verdade se constrói a confiança e a esperança que podem resgatar o Estado e a Nação do aviltamento por que está a passar. Esta é a minha opinião. Respeito a dos outros. Convido todos a votar em consciência, lembrando que “O VOTO É A ARMA DO POVO”!

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