segunda-feira, 6 de junho de 2011

Noite eleitoral: Vitória laranja e o fim de um ciclo rosa !!!

«Precisaremos de muita coragem e alguma paciência»

O Presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, declarou hoje aos portugueses que os próximos anos vão exigir a todos «muita coragem» e «alguma paciência», admitindo que possam ser necessários mais sacrifícios do que os previstos.
«Os anos que nos esperam vão exigir de todo o nosso Portugal muita coragem. Sabemos as dificuldades que enfrentamos. Precisamos de muita coragem para vencer as enormes dificuldades, precisamos também de alguma paciência, porque nós sabemos que esses resultados não aparecerão em dois dias», declarou Passos Coelho, no seu discurso de vitória nas legislativas de hoje, num hotel de Lisboa.
O presidente do PSD prometeu «trabalho absoluto» e «transparência total» quanto à situação do país e aos sacrifícios pedidos aos portugueses -- «os que já estão prometidos» e «alguns que se tenham de impor pela força das circunstâncias».  Diário Digital / Lusa 
Imprensa estrangeira destaca "vitória clara"
José Sócrates derrotado e "vitória clara" do centro-direita. Esta é a abordagem generalizada da imprensa internacional, que acompanha e destaca nas suas edições on-line os resultados das eleições legislativas em Portugal que deram a vitória a Pedro Passos Coelho.
O PSD ganhou em 17 dos 20 círculos eleitorais do Continente e ilhas. É uma grande reviravolta no mapa político em relação aos resultados de 2009, ano em que o PSD só tinha conseguido ganhar em seis círculos distritais. A nível nacional, o PSD ganha as legislativas de 2011 com 38,6 por cento, contra os 28,1 por cento da segunda força mais votada, o PS.
Desta vez os socialistas ganharam apenas em três distritos (Setúbal, Évora e Beja). Em 2009 tinha vencido em 14 círculos nacionais. No círculo de Castelo Branco, pelo qual José Sócrates era cabeça de lista, o PS também perdeu. Pedro Passos Coelho ganhou no seu distrito, Vila Real.
O Bloco de Esquerda foi um dos partidos mais deputados perderam, e diz adeus aos eleitos que tinha em Braga, Coimbra, Santarém. Os bloquistas também perdem dois deputados em Lisboa e um deputado em Setúbal, onde o CDS conseguiu aumentar de um para dois os representantes no Parlamento. A nível nacional, o BE fica no quinto lugar, com 5,2 por cento dos votos (9,85 por cento em 2009). Um trambolhão que corta a metade a bancada do BE na Assembleia da República, onde os bloquistas passarão a ter oito em vez de 16 deputados.
Faro foi um dos distritos que viraram do PS para o PSD e, para o PCP, os resultados foram positivos na capital do Algarve. Os comunistas conseguiram eleger de novo um deputado por Faro, o que já não acontecia há 20 anos. Os comunistas voltam a ser a quarta força no país, deixando o BE para trás, com 7,94 por cento e 16 mandatos no Parlamento.
Paulo Portas teve uma noite positiva como líder do CDS – partido que cresceu à volta de 60 mil votos e passou de 21 para 24 deputados. Como cabeça de lista por Aveiro, teve um resultado modesto: terceiro lugar, atrás do PSD e do PS.
Em Évora, a CDU foi ultrapassada pelo PSD, que passa a ser a segunda força política, logo após o PS. Nas ilhas, o PSD ganhou em toda a linha, incluindo nos Açores, onde o PS manda no Governo Regional. Aliás, no arquipélago açoriano, o PSD só não ganha no Corvo.
Para os resultados ficarem completos, falta apurar os círculos da Europa e Fora da Europa (que elegem dois deputados cada um). Duas das 4262 freguesias nacionais não votaram neste domingo.
Resumindo, sem os quatro deputados dos círculos da emigração, PSD e CDS conseguem uma maioria de lugares no Parlamento (105 deputados PSD e 24 para CDS), o PS elege 73 representantes, a CDU fica com 16 (mais um que em 2009) e o BE com oito.
A abstenção a nível nacional ficou em 41,1 por cento, a maior de sempre nas legislativas desde 1976.
Legislativas: Resultados globais finais
PS perde mais de 20 deputados e tem a menor votação desde 1987. Derrota clara levou à demissão de Sócrates. PSD ganha mais de 25 deputados. CDS também aumenta número de mandatos e CDU ultrapassa BE, que perde metade dos deputados. PSD e CDS têm maioria absoluta no Parlamento com mais de 130 deputados. Abstenção atinge valores máximos.
O PSD esmagou o PS nestas eleições legislativas. O partido encabeçado por Pedro Passos Coelho contou com 38,63% dos votos, contra 28,05% do PS. O CDS-PP continua como a terceira força política, com 11,74% dos votos. O PCP conta com 7,94%, enquanto o BE fica com 5,19% dos votos. A abstenção terá ficado nos 41,1%, batendo o recorde das últimas eleições legislativas.

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