O maior tenor português de todos os tempos
Nasceu em Estremoz em Fevereiro de 1901. Tomaz Alcaide.
Aparece pela primeira vez em público no São Carlos, em 1923, no "Rigoletto", substituindo à última hora um “Duque” que adoecera, e fê-lo de tal maneira, que de imediato partiu para Itália.
Estreou-se oficialmente no Teatro Carcano, em Milão, em 1925, representando o papel de Maestro Guglielmo na “ Mignon” de Thomas, permitindo-lhe assim “abrir as portas” do mercado italiano, o que na época significava do mercado europeu. Em 1926 cantou novamente o Duque do “Rigoletto” ainda em Itália, mas também o “Fausto” na Suiça. E nos anos seguintes, cantou em quase todas as grandes salas.
Em 1930 estreia-se no La Scala, e em 1931 no Festival de Salzburgo.
A sua gloriosa carreira continuou por toda a Europa até 1939.
Com a Guerra, Alcaide parte para a América do Sul, triunfando sempre no Colón de Buenos Aires e no Teatro Municipal de São Paulo.
Em 1949 regressa a Portugal com o estatuto que bem merecia, sendo-lhe confiada a direcção do Teatro da Trindade, que rivalizava com o São Carlos na qualidade da oferta lírica ao público de Lisboa.
Decidiu retirar-se dos palcos em 1952.
Tomaz Alcaide está, como quase sempre acontece aos “grandes” em Portugal, muito esquecido. Para além da estátua e de um centro cultural na sua terra natal, e de uma rua com o seu nome em Évora, pouco mais se fez em homenagem a este enorme cantor.
Lembram-se de algum outro cantor de ópera português que cante, hoje em dia, no Scala, em Salzburgo ou no Colón?
Pois…
O grande tenor morreu em 1967, em Lisboa.
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