sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Bem e esta? - Do Paulo Krugman e a Vitória de Pirro do Governo Português

No blog que publica no New York Times, o Nobel da Economia questiona o sucesso da operação de venda da dívida portuguesa e parafraseia Pirro: "Mais uns sucessos e a periferia da Europa será destruída"
"Leilão de acções pírrico," é o título que Paul Krugman dá ao post em que analisa a venda da dívida portuguesa esta quarta-feira, no site do The New York Times. O Nobel da Economia questiona o sucesso da venda dos títulos com uma taxa de juro de "apenas" 6,7 por cento. "Uma taxa de juro tão elevada está perto de ser ruinosa," escreve reconhecendo no entanto que "não é, de facto, tão mau quanto as pessoas esperavam na semana passada; nessa medida, um sucesso."
Krugman diz partilhar da ideia que a reacção de euforia "diz qualquer coisa sobre o completo desespero da situação europeia."
Pirro, às portas de Roma, depois de ter ganho uma batalha que custou a vida a quase todas as suas tropas terá dito: "Mais uma vitória destas e estou perdido." O economista norte-americano termina o texto, escrevendo: "Mais uns sucessos e a periferia da Europa será destruída." por Teresa Bizarro, Publicado em 13 de Janeiro de 2011 no I
Leilão não foi um sucesso
Krugman desmente Sócrates e Teixeira dos Santos
O prémio Nobel da Economia e professor da Universidade de Princeton, Paul Krugman, considera que a taxa de juro contratada no leilão de dívida pública desta quarta-feira foi "quase ruinosa".
Paul Krugman desmentiu assim frontalmente o primeiro ministro, José Sócrates, e o ministro das Finanças português, Fernando Teixeira dos Santos.

Logo após o leilão, Teixeira dos Santos classificou os dois leilões de dívida como um "sucesso" já que Portugal pagou cerca de 6,72% por um empréstimo de 599 milhões de euros a dez anos. Tinha pago 6,8% em Novembro.

Krugman, que conhece relativamente bem o passado da economia portuguesa pois fez parte, enquanto investigador, de uma equipa técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI) no final dos anos 70 do século XX, foi mais longe, dizendo no seu blog do The New York Times que o facto de o Governo achar que uma taxa de juro de "apenas" 6,7% é um sucesso "diz alguma coisa do total desespero da situação europeia". O economista rematou, avisando "mais alguns sucessos e a periferia europeia será destruída".

Horas antes destes comentários, Teixeira dos Santos disse que "o conjunto destas duas operações [leilões] foi claramente um sucesso". E que "foi um sucesso porque a procura triplicou o montante emitido, o que é um recorde nos tempos mais recentes, em termos de procura de emissões de dívida pública portuguesa".

"Por outro lado as taxas a que as operações se realizaram são taxas claramente inferiores às do mercado secundário, e inclusivamente a taxa da obrigação a 10 anos foi inferior à taxa da última emissão", afirmou. Sócrates fez declarações relativamente parecidas. por Luís Reis Ribeiro12 Janeiro 2011 - http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1755471 

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