1. Está-se a poucos dias das eleições para Presidente da República, que terão lugar no próximo dia 23 de Janeiro. Não me vou pronunciar sobre em quem vou votar ou em quem se deve votar, pois os meus leitores e os portugueses em geral, ao fim de quase 37 anos de democracia, sabem perfeitamente escolher.
Não posso deixar de começar por afirmar que a abstenção não é nem será solução, como passo a explicar.
2. Nos últimos dias, várias “picaretas falantes” têm revelado que muitos portugueses não querem votar porque: “não vale a pena”, pois “os políticos são todos iguais”, e que os “candidatos são todos maus”, o que não só não é verdade como é deveras preocupante, após mais de 36 anos de regime democrático, que queremos mais livre, mais justo, mais humano e mais solidário, pois não queremos com certeza voltar à ditadura, até porque as ditaduras são todas iguais, só se pintam com cores diferentes.
Ora, quer Cavaco Silva, quer Manuel Alegre, quer Fernando Nobre, quer D. Moura, quer F. Lopes, quer Coelho, estão com certeza empenhados no bem comum, cada um à sua maneira, ainda que os últimos 5 se empenhem mais em atacar o primeiro do que em apresentar as suas propostas.
Mas creio que basta estar atento aos currículos dos candidatos, às suas propostas e ao que eles têm feito ou não a favor de Portugal e dos Portugueses.
3. Por isso, deixo aqui algumas razões para que a esmagadora maioria dos portugueses acorra às urnas e mostre o que quer, porquanto:
a) Não votar, é não só abdicar de exercer um direito e simultaneamente um dever cívico, mas é também autenticamente passar um "cheque em branco" aos políticos e deixar que outros (uma minoria?) decidam por si;
b) Não votar nas eleições, abstendo-se, é o mesmo que “votar” em políticos incompetentes e incapazes de representar dignamente o país, principalmente nestes tempos de crise.
c) Não votar ou votar em branco é quase o mesmo, já que o voto BRANCO significa que lhe é indiferente quem seja eleito, ou seja, votar em branco é porque tanto lhe faz que seja eleito um como outro e eles não são todos iguais, não é verdade? Por isso, há até quem diga que o voto em branco é igual ao “cheque em branco”.
d) Não votar é colocar nas mãos de outros a decisão sobre aquele que queremos ver á frente do Estado, a velar, desde logo, pelo regular funcionamento das instituições democráticas, cumprindo com rigor os seus deveres constitucionais.
e) Seja como for, entre tantos concorrentes, um haverá que deve ter um programa ao encontro do que se deseja para Portugal.
f) Se, por força de uma elevada abstenção, não for eleito nenhum candidato à 1ª volta, forçando a uma 2ª, tal só acarretará mais despesa pública e agravará a crise, pelo que a ABSTENÇÃO NÃO É NEM SERÁ SOLUÇÃO, sendo certo que O VOTO É A ‘ARMA’ DO POVO!
Assim, desafio todos os homens (e mulheres evidentemente) livres e justos a empenharem-se a fazer a pedagogia do voto e aqui deixo o meu apelo para que a grande maioria dos portugueses mostre o seu civismo e a sua responsabilidade, votando em 23/1. JPR
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