domingo, 17 de julho de 2011

SURPREENDER - TRANCOSO PORTUGAL !

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O Padre Costa de Trancoso
Trancoso é cidade apenas desde Dezembro de 2004, mas as suas muralhas graníticas escondem inúmeras lendas e histórias. Uma delas é a de um clérigo que viveu no século XV e terá gerado 299 filhos em 53 mulheres.
O padre Costa de Trancoso, livro da autoria do escritor e investigador Santos Costa (2007), foi lançado na cidade que viu nascer Gonçalo Anes Bandarra, sapateiro, poeta e profeta do mito sebastiânico.

A notícia é da Lusa, mas encontrei-a uns dias mais tarde no Correio do Minho, de Braga. E merecer ser partilhada.
A obra mistura factos históricos com ficção, aludindo à figura do padre Francisco Costa, personalidade emblemática do burgo onde, em 1288, D. Dinis celebrou o seu casamento com D. Isabel de Aragão - depois de o ter feito por procuração em Barcelona - e que tem sido alvo de zombaria ao longo dos tempos.

De acordo com o autor, uma lenda antiga remete para aquela personagem, que terá vivido no reinado de D. João II (1481-1495) e tido quase três centenas de filhos - 214 do sexo masculino e 85 feminino -, gerados em mais de 50 mulheres, muitas das quais suas familiares directas.
Santos Costa conta que, segundo a lenda, o sacerdote terá dormido com 29 afilhadas, que deram à luz 97 raparigas e 37 rapazes, e não poupou nove comadres, a quem arranjou 38 machos e 18 fêmeas.

Acrescenta ainda que os relatos existentes referem ter feito, entre outras proezas, 29 filhos e cinco filhas a sete amas, somando ao extenso rol mais 28 descendentes (21 homens e sete mulheres) de duas pobres escravas.
A pujança e as aventuras libidinosas terão incluído igualmente uma tia, de quem teve três rebentos, e nem a própria mãe lhe escapou, imagine-se, chocadeira de duas crianças - irmãs de seu próprio pai.

Reza o mito que o prior terá sido julgado em 1487, com 62 anos, e condenado a ser "degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou" (a cópia da sentença encontra-se no Arquivo Nacional da Torre do Tombo).
No entanto, apesar da violenta condenação, conta-se que D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos 17 dias do mês de Março do mesmo ano, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta.

Mais do que os singulares feitos do padre, elogio a capacidade parideira daquelas mulheres. Feitas as contas, passados seis séculos duvido que haja alguma pessoa naquela terra que não seja familiar uma da outra. Está explicada muita da vocação amalucada deste povo. Por José Nuno Pimentel

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