segunda-feira, 10 de maio de 2010

IR Á FEIRA DO LIVRO NÃO É UM PREVILÉGIO PARA QUEM VIVE NO EXTERIOR !

Afonso Costa uma biografia fiável
É uma edição do Autor. Bom sinal!... O Autor, Eurico Carlos Esteves Large Cardoso, remata as suas "Palavras prévias" assim brilhantemente: «Nós, monárquicos por convicção, temos, porém, sempre em vista, tratar os assuntos dos nossos "adversários" políticos com a maior objectividade, veracidade e isenção, atributos de que já demos provas em anteriores trabalhos, pela simples razão do sectarismo não ser a nossa bandeira, nem a maledicência a nossa divisa»
De modo que fomos procurando dados biográficos desse que se doutorou em 1895, em Direito, com 17 valores e uma tese em que atacava violentamente a Rerum Novarum, pobre coitada! Foi o advogado mais tributado pelo Fisco, gostava de viver bem e tinha automóvel (um dos 300 então existentes em Portugal). Não obstante, preconizava o «socialismo económico na República».
Conseguiu ser eleito deputado pelo Porto. em 1899, aproveitando o descontentamento gerado nas populações pelas medidas recomendadas pelo insígne Ricardo Jorge (que abandonou a cidade sob ameaças de morte) aquando de um surto de peste bubónica.
Sobre ele escreveu Sampaio Bruno: «pseudo-republicano, desleal republicano, que tudo faz para ser deputado, jogando com um ramo de republicanos e socialistas e outro de monárquicos, audacioso piritoso, um Dr. Alonso». Em resposta, Costa esmurrou-o em público. Esmurrou um ancião, ele que andaria pelos 30 anos.
Há muito que ler. Remato com este episódio, ocorrido em 4 de Outubro de 1910, quando Afonso Costa, que prudentemente não comparecera à Rotunda, julgou ser vitima de um atentado contra a sua pesoa. Ouviu tiros, convenceu-se que fora atingido. O médico republicano Malva do Vale, que o detestava, mandou-o despir e observou-o, após o que «declarou sarcásticamente que ele tinha no corpo um buraco de nascença e natural».

Sem comentários:

Enviar um comentário